Março 2019 – As moedas digitais ainda encontram barreiras para a disseminação em larga escala no mundo físico. São poucos os estabelecimentos comerciais que as aceitam e, durante o ano passado, tornou-se prática comum corretoras de criptomoedas terem suas contas fechadas sem seu consentimento nos grandes bancos. As instituições financeiras alegam não ter interesse em manter as contas. Para atender a esses clientes, a empresária Simone Abravanel criaram em meados de 2018 o PitaiaBank, fintech que baseia suas operações na plataforma blockchain.
“Os investidores de criptomoedas são marginalizados pelos grandes bancos, e o PitaiaBank vem para atender esse público”.. “Nascemos para fomentar os meios de pagamento com o uso de blockchain”, complementa Simone Abravanel — que confirma, mas prefere não comentar, a relação de parentesco com o dono do SBT.
A nova empresa chega com a proposta de oferecer aos correntistas serviços de um banco tradicional, como cartão de débito, pagamento de contas, transferências e recarga de celulares, além de um aplicativo. A diferença é que o cliente poderá trocar seus bitcoins por reais para realizar compras em qualquer lugar. Está nos planos do Pitaia o lançamento do serviço de empréstimos, uma maquininha de adquirência e também caixas eletrônicos para saques em reais e compra de bitcoins. Para evitar problemas, o Pitaia reporta todas as operações dos clientes ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
TECNOLOGIA O blockchain permite resguardar as informações dos consumidores de maneira segura. Com isso, a fintech pode oferecer custos menores em comparação aos bancos de varejo. Segundo os fundadores, o cliente paga 80% a menos de tarifas pelo mesmo serviço. “Não temos nenhuma concorrente direta no mercado. Existem outros bancos digitais, mas nenhum utiliza o blockchain”, diz Simone.
A meta do banco é alcançar 120 mil clientes no primeiro ano de operação, com um volume transacionado de até R $300 milhões. Até o momento foram investidos cerca de R $2,5 milhões de “seed money” para colocar a estrutura de pé. A empresa agora pretende iniciar uma rodada de captação na qual prevê levantar aproximadamente R $15 milhões para expandir as operações.